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domingo, 18 de março de 2018

De calças arriadas: minhas ações


Voltando à série sobre detalhes da carteira, é hora de compartilhar com os amigos quais ações eu tenho. Posts anteriores:

Fundos de investimento
Renda Fixa

No post "Memórias de um sardinha" conto como comecei e recomecei no mercado. No momento em que estou escrevendo este post minha posição está assim:


Ação Alocação Ganho
WEGE3 6,97% 20,96%
ITUB3 13,15% 31,54%
POMO3 8,19% 47,16%
IVVB11 5,49% 21,51%
UGPA3 7,41% 12,20%
ENGI3 5,40% 69,78%
BBDC4 8,18% 36,89%
ABEV3 2,23% 24,83%
GRND3 8,48% 11,65%
TAEE11 12,25% -7,28%
KLBN3 2,55% 2,54%
LAME4 6,84% 4,47%
MPLU3 3,41% -2,41%
CPLE6 2,54% 10,32%
HGTX3 2,32% 5,52%
TIET11 4,59% -3,05%

Distribuição por setor:
Consumo - 23%
Elétrico - 32%
ETF - 6%
Financeiro - 21%
Indústria - 18%

Sei que IVVB11 não é ação e sim ETF mas deixo no bolo porque é só uma pequena parte e no fim das contas tem ações de verdade por trás dele. O ganho refere-se ao período de fevereiro/2017 (quanto comprei as primeiras ações) até agora.

Não invento muito, vou nas empresas mais óbvias. Pensei primeiro em empresas que eu entendia bem o que fazem e cujo mercado eu considerava resiliente. POMO3 foi meio no instinto, é a única exceção e ultimamente até estou pensando em vender. Da TAEE11 pra baixo são as que eu peguei pensando em dividendos. Já tive JBSS3 comprada na época da delação só pra especular. Vendi no começo do ano com um belo lucro, 20 ou 30%, não lembro agora.

Meu objetivo nesse momento é ter 5% dos investimentos em ações, que gerem um DY anual de 2% pelos menos. Ano passado meu DY ficou em 1,11%.

Estudo de caso: ações x ETF x fundo de ações

Será que valeu a pena queimar neurônios analisando ações ou teria sido melhor jogar tudo na mão de uma equipe de analistas de um fundo ? Ou deixar rolar ao sabor do mercado num ETF como o BOVA11 ?

Abaixo eu comparo a rentabilidade desta carteira (calculada pela famosa planilha do AdP) com o fundo BNP Paribas Action (que eu também tenho), com o IBovespa (espelhado no BOVA11) e com o ETF GOVE11:


Mes Carteira IBOV BNP Paribas GOVE11
02/17 -1,85% 3,08% 2,48% 3,73%
03/17 0,71% -2,52% -1,50% -2,20%
04/17 2,79% 0,64% 0,34% 1,44%
05/17 1,22% -4,12% 0,52% -3,63%
06/17 -0,35% 0,30% 0,73% 0,90%
07/17 4,63% 4,80% 1,94% 4,81%
08/17 5,29% 7,46% 3,24% 7,62%
09/17 3,39% 4,88% 2,79% 4,53%
10/17 -1,71% 0,02% -0,59% -0,51%
11/17 -0,84% -3,15% -4,48% -3,66%
12/17 5,70% 6,16% 5,79% 3,60%
01/18 2,18% 11,14% 1,40% 13,29%
Total 21,18% 28,69% 12,66% 29,92%
Dividendos 1,11%


IR
15,00% 15,00% 15,00%
Liquido 22,29% 24,39% 10,76% 25,43%

Fica claro que eu do meu jeito tosco bati o BNP Paribas fácil, sendo que um investimento passivo em ETF teria sido até melhor. Pelo menos foi assim de um ano pra cá. E como teria ficado se eu tivesse investido 1000 reais por mês em cada uma dessas aplicações ?


Mês Aporte Carteira IBOV BNP Paribas GOVE11
02/17 1.000,00 981,52 1.030,80 1.024,80 1.037,30
03/17 1.000,00 1.995,67 1.979,62 1.994,43 1.992,48
04/17 1.000,00 3.079,35 2.998,69 3.004,61 3.035,57
05/17 1.000,00 4.129,27 3.833,95 4.025,43 3.889,08
06/17 1.000,00 5.111,57 4.848,45 5.062,12 4.933,08
07/17 1.000,00 6.394,74 6.129,17 6.179,72 6.218,46
08/17 1.000,00 7.786,07 7.661,01 7.412,35 7.768,51
09/17 1.000,00 9.083,73 9.083,67 8.647,05 9.165,72
10/17 1.000,00 9.911,05 10.085,69 9.590,13 10.113,88
11/17 1.000,00 10.819,81 10.736,49 10.115,70 10.707,11
12/17 1.000,00 12.493,80 12.459,45 11.759,29 12.128,57
01/18 1.000,00 13.787,97 14.958,84 12.937,92 14.873,35
Total aportado 12.000,00



Ganho bruto
1.787,97 2.958,84 937,92 2.873,35
IR
0 443,83 140,69 431,00
Liquido
1.787,97 2.515,01 797,24 2.442,35
Rent liquida
14,90% 20,96% 6,64% 20,35%

Mais uma vez o investimento em ETF teria me dado um resultado muito melhor. Sem falar na economia de tempo - não precisar acompanhar diversas ações, controlar, declarar uma por uma no IR todo ano.

Esses números me surpreenderam e me fizeram pensar. Como pode um índice cheio de empresas geridas por políticos bater uma carteira de empresas escolhidas a dedo ? Vou insistir em gestão ativa, seja ela feita por mim mesmo ou por um fundo, só mais esse ano e se não virar o jogo vou pra ETF. Tempo é dinheiro também. E como um futuro vagabundo acho que não tem retorno mais interessante: tempo pra não fazer nada.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Balanço - Fevereiro/2018


E lá se foi... Mais um mês com pesadas despesas (IPTU, máquina de lavar nova) onde não deu pra aportar como eu queria.

Neste cenário de juros super baixos e bolsa meio inchada está difícil achar pra onde correr. Hoje estava olhando debêntures e desanimei. Investimento sem garantia de FGC pagando IPCA + 4% ? Se tem CDB nessa faixa, pra que arriscar ?

E eu inocente pensando que ia faturar esse ano com relativa tranquilidade, sentei na graxa. Me ofereceram uma função com mais responsabilidade no projeto e eu bestamente não me opus. Alegria de pobre dura pouco.

O assunto que mais me chamou atenção na blogosfera financeira esse mês: a disparidade entre as reuniões que os gringos vão fazer esse ano. Enquanto na Europa os caras vão pra uma desconhecida cidade na Romênia num fim de semana, os norte-americanos vão tirar umas férias animais num baita hotel com vista pro mar, ao pé do monte Olimpo, na Grécia, custando a bagatela de 2300 Euros por semana. Frugalidade ?! We're FAT FIRE, honey ! Links:

Estou pensando em mudar minha contabilidade. O jeito que venho fazendo é baseado no tipo de investimento. Estou pensando em mudar para a finalidade do investimento, alinhada a um plano para viver de renda passiva e alocação de ativos. Teria que refazer a planilha pra ela no final do mês me dizer se está na hora de rebalancear.

Eu tenho colocado tudo no bolo mas a verdade é que alguns investimentos não deveriam estar disponíveis para rebalanceamento. Por exemplo, Previdência Privada eu só quero sacar quando tiver 65 anos. Teria que contabilizar à parte.

Também estou pensando em outra forma de contabilizar a renda passiva potencial. Hoje eu simplesmente somo os dividendos de ações e FIIs. Muito básico.


Enquanto não faço essa reforma, vamos aos números:
  • Taxa de poupança ( (receitas - despesas) / receitas) de acordo com o GuiaBolso: 26%
  • Rendimento global da carteira: 0,51% - devagar e sempre 
  • Previdência Privada: 0,53% - ok
  • Tesouro direto: 1,58% - pequena distorção por conta de um aporte no último dia de janeiro que não apareceu no saldo daquele mês; na real deve ter sido uns 0,50%
  • Renda Fixa (CDB, LCx): 0,56% - bom
  • Fundos: 0,56% - bom 
  • FGTS: 0,24% - sem comentários
  • Ações: 1,15% - ótimo crescimento sem grandes destaques; a minha que mais subiu foi CPLE6 (3,43%) 
  • FIIs: 0,61% - destaque para RBRD11 com alta de 4%
  • USD: -1,39% - queda na bolsa americana
  • EUR: -2,26% - queda nas bolsas européias
  • Stock plan: -4,43% - queda geral nos mercados internacionais 

Indicadores do mês:
  • CDI: 0,46% - superei
  • IPCA: 0,34% - superei 
  • Poupança: 0,40% - superei

Alocação atual:


Brasil Exterior
Fundos Prev Privada FGTS RF TD FII Ações Stock Plan EUR USD
23,5% 10,8% 5,9% 14,1% 22,4% 10,1% 4,3% 2,3% 4,0% 2,7%


No próximo mês recebo meu bônus anual. Aporte deverá ser dividido em FII, ações, Ouro, CDBs, fundos e Tesouro SELIC.



Vamo que vamo.