E aí amigos ?
Há poucos dias completei um ano de volta à
Matrix. Pensando rapidamente nos
motivos e objetivos de ter me lançado a tal sacrifício, tenho o seguinte:
- Dei um belo caldo: mesmo após um hiato de 2 anos eu rapidamente me adaptei e arranquei excelente feedback de colegas, clientes e gerentes de projeto, tendo ganhado até bônus por isso
- FATFire: acho que nunca serei. Com o que consigo poupar e com o que o mercado tem retornado é impossível.
- Margem emagreceu: segue bem magrinha. Eu inclusive já me questiono se algum dia vou poder virar vagabundo de novo... Deprê.
- Divórcio: a coisa tá melhor mas não dá pra descartar.
- Pandemia: saiu de moda depois que começou a guerra. No entanto foi melhor ganhar dinheiro do que ficar em casa sem poder viajar, ou tendo que viajar com um monte de restrições.
De um ano pra cá meu patrimônio recuou 7% perante a inflação. Se não tivesse recebido salários e continuado os saques, o recuo estaria beirando os 10% segundo minha planilha. Talvez seja cedo pra dizer se valeu a pena, mas parece que sim. Pelo menos financeiramente falando.
E vamos lá, pra fechar esse semestre tenebroso.
Todas rentabilidades abaixo são líquidas, com exceção de previdência privada. Já está descontado IR e taxas para se desfazer dos ativos. Para ativos no exterior considerei um ágio de 5% no câmbio se quisesse trazer tudo pro Brasil, mais multas e impostos.
Péssimo. O ponto fraco eu já identifiquei. Quando saí dos fundos de bancão comprei principalmente títulos longos, com o pensamento de que taxa não vence tempo. A consequência é que estou super exposto à marcação à mercado. Esse mês o risco Brasil disparou com mais um auxílio não sei o que, cujo dinheiro não se sabe de onde virá.
Fundos de infra deram uma recuada e detonaram a rentabilidade. Venceram 2 CDBs e preferi nao arriscar, reinvesti a IPCA + 6% pra 3 anos.
Horrível. Terminei a migração do Trend Ouro para o BIAU39.
FGTS: 0,4%
Sei lá porque rendeu mais do que o costumeiro 0,3% ou menos.
Por isso digo que todos os ativos brasileiros são correlacionados. Risco Brasil aumenta, Bolsa e RF caem. Esse mês todo o rendimento do ano foi devolvido e estou no vermelho.
FIIs: -0,9%; DY do mês ficou em 1% Yield muito interessante. Pela primeira vez em 4 anos não fiz nada - nem aportei, nem resgatei.
Em EUR mesmo caiu tudo, mas em BRL deu uma recuperada.
Excelente ! Ouro subiu e levantou a carteira.
Outros ativos
Reserva de segurança (SELIC, RF): 0,9%Ótimo!
Enfim mais que zero.
Resultado do mês
Rendimento global da carteira: 0,5%: no ano -1,9%
Rendimento real nos últimos 12 meses: -11%
Taxa de poupança: 62%
Indicadores do mês:
CDI: 1,01
%, acumulando 5,4% no ano IPCA previsto: 0,67%, acumulando 5,49% no ano
Poupança: 0,65%, acumulando 3,58% no ano
Foi de amargar. De positivo no entanto pelo segundo mês consecutivo minhas fontes de renda passiva poderiam ter coberto todas minhas despesas.
Melhores investimentos do semestre:
- Fundos (7,2%)
- RF (5,6%)
- FGTS (2%)
Piores investimentos do semestre:
- EUR (-14,5%)
- USD (-11,1%)
- FIIs (-5,5%)
Próximos passos
Estou querendo parar de olhar rentabilidade, olhar só o crescimento da carteira. Preciso de um tempo pra reformar minha planilha AdP++.
Estou sentado num monte de liquidez. Uma bela grana parada sem investir. No começo do ano resolvi parar com aportes no exterior por causa da perspectiva de alta de juros. Foi uma decisão acertada pois de lá pra cá foi só ladeira abaixo. Ainda não me sinto seguro pra voltar os aportes, vou segurar mais um pouco.
Estou meio desanimado com tanto número vermelho. Será que é possível atingir a IF num cenário de alta inflação ?
Vou viajar esse mês e tentar descansar. Continuo lendo blogs, só não tenho tempo de ficar comentando com calma. Costumo ler no celular indo ou voltando pra algum lugar. É só quando tenho tempo.
Feliz julho e até a próxima!