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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

De calças arriadas: previdência privada


Salve, amigos nerds das finanças !

Estou retomando a série mostrando detalhes da minha carteira. A evolução da minha história como investidor foi assim (clique nos títulos para ir ao post com mais detalhes):

1.     Poupança (não tenho mais)
3.     Investimentos off-shore (a ser detalhado num post futuro)
4.     Ações
5.     Títulos privados - CDB, LCx (LC, LCA, LCI)
6.     Títulos públicos
7.     Previdência Privada
8.     FIIs

Hoje o assunto é previdência privada, modalidade odiada por muitos e pouco entendida por mais gente ainda. Vou falar da minha experiência e estratégia somente. Para entender o post é preciso saber como funciona VGBL, PGBL, tributação e tal. Recomendo uma busca na internet que tem muito material.

Durante muito tempo eu não dava a menor bola pra previdência privada. Descontava todo mês do salário e pra mim aquilo era dinheiro perdido, porque não tinha liquidez imediata como a poupança ou um fundo de renda fixa. Eu não entendia nada do que estava fazendo.

Quando descobri que podia atingir a independência financeira aí sim eu procurei saber quanto tinha lá, como funcionava e como usar aquilo na minha caminhada. Na minha estratégia a previdência privada tem estes papéis:
  • Gerar restituição de imposto de renda via plano PGBL
  • Planejamento sucessório: fora da alocação de ativos, será o último ativo a ser consumido. O que sobrar ali fica de herança e pra cobrir despesas da minha família caso eu venha a morrer, incluso custo de inventário.
Atualmente conto com dois planos, um PGBL e um VGBL. Clique aqui para ver o gráfico de desempenho. São eles:

Itaú Flexprev XVI Renda Fixa (PGBL)
Plano oferecido pela empresa, onde eu contribuo com 4% do meu salário e a empresa iguala a contribuição. Está na modalidade PGBL, que me permite abater a contribuição da base de imposto de renda. Minha regra é contribuir voluntariamente (além do desconto em folha) um valor correspondente ao imposto economizado, todo ano. Exemplo: se num ano contribuo via folha de pagamento 10 mil, isso gera um abatimento de 2.750 (27,5%) na base de imposto, daí faço uma contribuição voluntária nesse valor.

Detalhe pouco usual pelo que vejo por aí é que esse plano está com tributação progressiva. Porque ? Na hora de optar eu só pensava que ia sair fora daquele emprego no ano seguinte e a primeira faixa na modalidade regressiva é 35%... Como minha idéia era sair e sacar tudo, deixei como progressivo.

Pensei várias vezes em mudar pra regressiva definitiva mas resolvi deixar como está. Eventualmente posso tirar vantagem disso e fazer saques de tal forma que o imposto de renda fique em 7,5%, o que é excelente se comparado aos 15% da renda fixa.

Itaú Flexprev Premium V20 (VGBL)
Este plano investe 20% em renda variável. Já que ações é o melhor pra longo prazo e isso aqui é o investimento de maior prazo que eu tenho, combinou perfeitamente. Comecei ele numa tentativa de diversificar além de fundos de investimentos, em algo que não sofresse do maldito "come-cota". Como já tinha um PGBL com tributação progressiva, optei por VGBL com tributação regressiva.

Em nenhum dos planos jamais paguei taxa de carregamento, nem existe taxa de saída.

Acho que é isso. Deixe seu comentário e obrigado pela visita !!!

Faltam 136 dias.

    quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

    Balanço - Dezembro/2018


    Feliz ano novo !


    2018 já era... ano complicado financeiramente, onde fui castigado por várias despesas imprevistas: máquina de lavar quebrada, carro quebrado, reposição de bens furtados em viagem e pagamento de custos em 2 processos judiciais que perdi, um deles até com multa.

    Aumento de despesas já era previsto por conta de viagem internacional. Comprei passagem com dólar a 3,30 e na hora de comprar as verdinhas pra levar a cotação subiu pra 3,90... pobre só se ferra. 

    Pra completar a explosão das despesas teve a mudança de escola, uma despesa que mais que dobrou.
    Em paralelo também houveram aqueles momentos tensos no meio do ano em que o mercado derreteu meu portfólio... Ufa !


    Vamos aos números de dezembro/2018:
    • FGTS: 0,24% - sem comentários
    • Ações: -2,92% - KLBN3 despencou 15% enquanto HGTX3 foi destaque com alta de 14,5% 
    • FIIs: 1,79% - muito bom, destaque pra GGRC11 com alta de 5,5%; BBFI11B caiu 6,7% 
    • EUR: -1,58% - mais um mês difícil
    • USD: -4,29% - vem aí o crash ?
    • Stock plan: -2,12% - ação em queda livre 

    Alocação:
    Renda FixaRenda VariávelMulti mercado
    44%27%29%

    Outros ativos:
    • Colchão de segurança (Tesouro SELIC, Fundo DI): 0,41% - dentro do esperado
    Concluindo:
    • Rendimento global da carteira: 0,12% - que merda...; no ano 7,37% - tá bom né ? 
    • Taxa de poupança ( (receitas - despesas) / receitas) de acordo com o GuiaBolso: 53%
    Todas rentabilidades acima são líquidas, com exceção de previdência privada. Já está descontado IR e taxas para se desfazer dos ativos. Para ativos no exterior considerei um ágio de 5% no câmbio se quisesse trazer tudo pra cá, mais multas e impostos.

    Indicadores do mês:
    • CDI: 0,49%; acumulado 6,42% no ano, o que me dá um rendimento de 114% CDI
    • IPCA: 0,15% - quase empatei; no ano acumulou 3,75%
    • Poupança: 0,37%; no ano acumulou 4,62%
    Mais uma vez tudo que é mercado exterior foi mal e enterrou minha rentabilidade. Vai rolar crise financeira global ? Só podemos especular. Se houvessem indícios claros o mercado tomaria medidas pra evitá-la. Não dá pra prever, mas certamente haverá e virá de algum fator desconhecido ou negligenciado pelos governos.

    Resumão do ano

    • Melhores investimentos: Stock plan (53%), Tesouro Direto (12,5%) e Fundos (9,5%)
    • Piores investimentos: EUR (1,93%), FGTS (2,74%) e Ações (6,52%, incluindo dividendos)
    • Receitas aumentaram 9%, enquanto as despesas saltaram 70% e aportes diminuíram 30%
    • Taxa de poupança fechou na casa dos 49%, contra 67% em 2017

    Próximos passos

    Começo do ano é muito complicado por causa de IPTU e IPVA, porém até o meio do ano tenho esperança de aumentar minha taxa de poupança pra casa dos 60%.

    Estou convencido da minha incompetência como gestor de ações. Ibovespa subiu 15% no ano e eu fechei outra vez atrás e dessa vez muito atrás, com 6,52% incluindo dividendos. Pífio. Sei que não é a melhor opção mas vou transicionar pra ETF, especificamente GOVE11, começando com novos aportes e depois realizando lucros das ações. Não tenho tempo pra mexer direito com ações individuais ou pra adquirir tal competência. Porque GOVE11 ? Vou deixar o grande Frugal Simples explicar - clique aqui.

    Tive muitos problemas com FIIs ao longo do ano porém comecei uma recuperação no último trimestre. Vou continuar firme nos aportes e me livrando dos micos. Esse mês vendi um monte de BRCR11 e estou perto de me livrar de vez dessa porcaria.

    Obrigado a todos pela audiência e feliz 2019 com excelentes investimentos !


    Faltam 149 dias.