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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Seria independência financeira uma busca pela mediocridade ?
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Balanço - Novembro/2020
Desempenho da carteira
FIIs: 0,8%; DY do mês ficou em 1,1%
Outros ativos
Resultado do mês
Próximos passos
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
Entrando e saindo da bolsa na hora certa
Mês inicial | Ano inicial | Meses para média móvel | % IR ao vender RV |
1 | 1995 | 10 | 15,00% |
TTM | IBOV | SELIC |
1460,85% | 2335,11% | 4282,12% |
Meses | Giros de carteira | Meses em RV | Meses em RF | Quantas vezes valeu a pena girar |
309 | 51 | 206 | 103 | 9 |
17% | 67% | 33% | 35% |
TTM | IBOV | SELIC | Meses | Giros de carteira | Meses em RV | Meses em RF | Quantas vezes valeu a pena girar | |
7696,45% | 2335,11% | 4282,12% | 309 | 61 | 200 | 109 | 13 | |
20% | 65% | 35% | 43% |
Mês | IBOV do mês | Rendimento | Acumulado IBOV | Média móvel | Posição RV no mês |
01/20 | 113761,00 | -1,64% | 2828,21% | 109925,00 | Dentro |
02/20 | 104260,00 | -8,35% | 2583,66% | 109828,00 | Dentro |
03/20 | 73011,00 | -29,97% | 1779,31% | 102986,00 | Fora |
04/20 | 80501,00 | 10,26% | 1972,10% | 97437,00 | Fora |
05/20 | 87395,00 | 8,56% | 2149,55% | 91785,60 | Fora |
06/20 | 95062,00 | 8,77% | 2346,90% | 88045,80 | Fora |
07/20 | 102913,00 | 8,26% | 2548,98% | 87776,40 | Dentro |
08/20 | 99382,00 | -3,43% | 2458,10% | 93050,60 | Dentro |
09/20 | 94604,00 | -4,81% | 2335,11% | 95871,20 | Dentro |
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Balanço - Outubro/2020
Desempenho da carteira
FIIs: -1,43%; DY do mês ficou em 0,5%
Outros ativos
Resultado do mês
Próximos passos
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
De calças arriadas: FIIs - Outubro/2020
Disclaimer: isto não é recomendação de compra ou venda.
É somente o registro da experiência de um pequeno investidor.
Papel | Ganho | Alocação atual | Target | Setor | Orientação |
JSRE11 | -0,50% | 0,99% | 1,00% | Papel/Tijolo | Manter |
RBRD11 | -1,83% | 1,27% | 0,00% | Varejo | Zerar |
SPTW11 | 61,94% | 1,19% | 0,60% | Escritório | Diminuir |
MXRF11 | 0,96% | 1,30% | 1,30% | Papel/Tijolo | Manter |
HGRE11 | 7,00% | 0,43% | 0,60% | Escritório | Aumentar |
GGRC11 | 17,00% | 1,11% | 1,30% | Logística | Aumentar |
BCRI11 | 1,00% | 1,31% | 1,30% | Papel | Manter |
FIIB11 | 13,00% | 0,58% | 0,60% | Logística | Manter |
RBED11 | 1,00% | 1,00% | 1,00% | Educação | Manter |
HGBS11 | -9,00% | 1,01% | 1,00% | Varejo | Manter |
RBFF11 | 3,00% | 0,53% | 1,30% | FOF | Aumentar |
MAXR11 | 5,00% | 0,43% | 0,60% | Varejo | Aumentar |
VISC11 | 6,00% | 0,67% | 1,00% | Varejo | Aumentar |
RECT11 | 0,00% | 0,28% | 0,70% | Escritório | Aumentar |
LVBI11 | 3,00% | 0,14% | 0,70% | Logística | Aumentar |
TOTAL | 12,24% | 13,00% |
2017 | 2018 | 2019 | 2020 | TOTAL | |
Carteira | 7,5 | -0,5 | 28,3 | -14,4 | 10,7 |
DY | 6,9 | 9,6 | 6,5 | 6,9 | 29,9 |
IFIX | 19,4 | 5,6 | 36 | -14,5 | 46,5 |
CDI | 9,9 | 6,41 | 5,94 | 2,27 | 24,52 |
- tem que fazer parte do IFIX
- tem que ter liquidez diária acima de 80 mil
- não pode ser monoativo nem monoinquilino
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
Balanço - Setembro/2020
Desempenho da carteira
FIIs: 1,4%; DY do mês ficou em 0,47%
Outros ativos
Resultado do mês
Próximos passos
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
TSR para o Brasil: um estudo sobre os primeiros anos de IF
Fazia tempo que eu queria fazer esse estudo. Já havia sugerido no blog Aposente aos 40, que publicou alguns estudos parecidos, que levam em conta os 25 anos de estabilidade econômica do Brasil. Um período muito curto para um estudo no estilo do Trinity Study.
Nesses estudos americanos com mais de 100 anos de dados é tranquilo você determinar o valor final de uma carteira ao longo de 30 anos (período de aposentadoria). Isto porque a amostra é grande, existem dezenas de períodos de 30 anos para calcular (1900-1929, 1901-1930, etc). Com 25 anos não temos condições de fazer um estudo sobre TSR no Brasil. Basicamente é por isso que eu não sigo a regra dos 4%.
Mas podemos fazer um estudo com períodos menores.
Como os primeiros anos são os mais importantes para um investidor aposentado, a idéia é saber qual a taxa máxima de retirada possível para que uma carteira de ativos brasileiros não só sobreviva 10 anos, como também termine com um valor igual ou superior à inflação do período, mantendo o poder de compra inicial. Assim, o investidor tem muito mais chances de não ficar sem dinheiro nos 30-40 anos seguintes de aposentadoria.
Pois outro dia comecei brincar com uma planilha e a coisa tomou forma. Os resultados me deixaram surpreso.
Metodologia
1. O cidadão se aposenta em 31 de dezembro com uma carteira composta por um investimento em renda fixa que segue o CDI e/ou outro em renda variável que segue o IBovespa. O percentual de cada é parâmetro, informado na planilha.
2. Dia primeiro de janeiro ele faz uma retirada de acordo uma taxa pré-definida (outro parâmetro)
3. No decorrer do ano paga suas despesas com a retirada
4. No dia primeiro de janeiro ocorre uma nova retirada, agora corrigida pela inflação do ano anterior
5. Repetir passos 3 e 4 até completar 10 anos.
6. Se o saldo final preservar o poder de compra inicial de acordo com o parâmetro informado (quanto do poder de compra deve ser preservado), aquele período de 10 anos foi um sucesso
7. Refazer os cálculos para o próximos período de 10 anos
Ao final a planilha te diz a taxa de sucesso, ou seja, em quantos por cento dos períodos de 10 anos o patrimônio ficou preservado apesar das retiradas. Para simplificar, não foi levado em conta impostos nem taxas. Rebalanceamento anual - a carteira sempre manterá a proporção RF/RV inicial.
Clique AQUI para baixar a planilha e fazer suas simulações.
Primeira rodada de simulações (1995-2019)
Primeiro fiz várias simulações com os seguintes parâmetros:
- Ano inicial 1995, o que nos dá 16 períodos de 10 anos
- Carteira inicial de 1 milhão de reais
- Poder de compra final deve ser 100% do inicial pelo menos
- Taxas de retirada 2%, 3% e 4%
- Carteiras 100% RV, 50% RV / 50% RF e 100% RF.
TR | % RF | Sucesso | Melhor resultado | Pior resultado |
2% | 0% | 69% | 1996-2005 341% | 2008-2017 46% |
50% | 81% | 1996-2005 365% | 2008-2017 89% | |
100% | 100% | 1995-2004 277% | 2010-2019 115% | |
3% | 0% | 63% | 1996-2005 321% | 2008-2017 35% |
50% | 75% | 1996-2005 344% | 2008-2017 77% | |
100% | 100% | 1995-2004 259% | 2010-2019 103% | |
4% | 0% | 56% | 1996-2005 300% | 2008-2017 23% |
50% | 69% | 1996-2005 323% | 2008-2017 66% | |
100% | 75% | 1995-2004 241% | 2010-2019 91% |
Veja a aba "Resultados" da planilha.
Então temos: uma taxa de retirada de 3% numa carteira 100% em renda fixa preservou o poder de compra inicial em todos os casos. No pior deles, quem se aposentou em 31/12/2009 obteve de 2010 a 2019 um crescimento de 3% em relação a seu poder de compra inicial.
Quanto mais renda fixa, mais chance de sucesso. No entanto diminuir a renda fixa resultou nas décadas mais lucrativas. Infelizmente se você olhar na aba "Cálculo" o rendimento não se mantém, pois logo temos alguma(s) queda(s) levando a uma década perdida que faz a taxa de sucesso ser menor que 100%.
Os rendimentos generosos da renda fixa no passado pesaram no período 1995-2019.
Segunda rodada de simulações (2005-2019)
Esta rodada foi para tentar entender como fica num cenário com juros menores. Com os mesmos parâmetros de antes, exceto o ano inicial agora sendo 2005, resultando em 6 períodos de 10 anos:
TR | % RF | Sucesso | Melhor resultado | Pior resultado |
2% | 0% | 17% | 2009-2018 109% | 2008-2017 46% |
50% | 50% | 2005-2014 134% | 2008-2017 89% | |
100% | 100% | 2005-2014 143% | 2010-2019 115% | |
3% | 0% | 0% | 2009-2018 97% | 2008-2017 35% |
50% | 33% | 2005-2014 123% | 2008-2017 78% | |
100% | 100% | 2005-2014 131% | 2010-2019 103% | |
4% | 0% | 0% | 2009-2018 85% | 2008-2017 25% |
50% | 17% | 2005-2014 113% | 2008-2017 66% | |
100% | 33% | 2005-2014 118% | 2010-2019 91% |
Mais uma vez a configuração vencedora foi retirada de 3% com uma carteira 100% em renda fixa. Porém reparem na coluna "Melhor resultado" acima como o poder de compra final é bem menor em comparação com a primeira rodada de simulações. Reflexo de juros cada vez menores.
Isso implica num melhor desempenho da renda variável ? Infelizmente não. Ao contrário do período 1995-2019, ao aumentar o percentual de renda variável o poder de compra final diminui (coluna Melhor Resultado). Entre 2005 e 2019 o melhor período 100%RV foi 2009-2018, que com uma taxa de retirada de 2% resultou num poder de compra de 109% do inicial. O mesmo cenário entre 1995 e 2019 nos traz como vencedora a década 1996-2005, com estonteantes 341%. Quem se aposentou em dezembro de 1995 com tudo em RV e retirando 2% por ano teria ao final dos primeiros 10 anos seu poder de compra mais que triplicado !
The best of the best
Nessa rodada quis saber qual foi a década que suportou a maior taxa de retirada possível. Mais uma vez a diferença entre os anos 90 e os dias de hoje é gritante:
% RF | Período campeão | TR máxima | |
0% | 2003-2012 | 15% | |
1995-2019 | 50% | 1996-2005 | 14% |
100% | 1995-2004 | 11% | |
0% | 2009-2018 | 2% | |
2005-2019 | 50% | 2005-2014 | 5% |
100% | 2005-2014 | 5% |
Se eu tivesse uma máquina do tempo, viajaria até 2003 com uma mala com um milhão de reais e colocaria tudo em RV, torrando 15% (150k) todo ano. Em 2012 teria que repensar essa estratégia, pois a melhor taxa pra uma carteira 100% RV entre 2005 e 2019 ocorreu no período 2009-2018: apenas 2% !
No período 2005-2019 a renda fixa proporcionou maiores taxas de retirada em comparação com a renda variável. Já no período 1995-2019 foi o contrário.
Conclusão
Tanto RV como RF tem apresentado rentabilidades cada vez menores. Estamos num limbo ! Juros reais 0% e bolsa inconsistente é a nova realidade, pelo menos até o Brasil conseguir engatar um ciclo estável de crescimento.
Mas será que passados 10 anos já estamos seguros ? Ou bastam 5 anos ? Acho que não. Simule por exemplo 50%RF, TR 3% a partir de 1995. Veja o período 2006-2015. Ao final do quinto ano está tudo beleza, mas daí sucessivas quedas na bolsa minaram o patrimônio que finalizou com 93% do seu poder de compra inicial:
Ano | Saldo Inicial | Ganhos RF | Ganhos RV | Carteira inicial corrigida | Nova retirada | Poder de compra | Período | Variação |
2006 | 970000 | 68337 | 159711 | 1031400 | 30942 | 97,00% | ||
2007 | 1167105 | 65475 | 254721 | 1077400 | 32322 | 113,16% | ||
2008 | 1454978 | 85262 | -299871 | 1140967 | 34229 | 135,05% | ||
2009 | 1206140 | 56990 | 498498 | 1190143 | 35704 | 105,71% | ||
2010 | 1725923 | 80687 | 8975 | 1260480 | 37814 | 145,02% | ||
2011 | 1777771 | 97955 | -160977 | 1342411 | 40272 | 141,04% | ||
2012 | 1674476 | 67816 | 61956 | 1420808 | 42624 | 124,74% | ||
2013 | 1761624 | 68527 | -136526 | 1504778 | 45143 | 123,99% | ||
2014 | 1648482 | 85062 | -23985 | 1601234 | 48037 | 109,55% | ||
2015 | 1661521 | 104011 | -110574 | 1772086 | 103,77% | |||
FINAL | 1654958 | 93,39% | 2006-2015 | 93,39% |
Interessante notar que o aposentado e quem está na ativa estão em pontas opostas. Para o aposentado é interessante que os maiores ganhos venham no início da aposentadoria, já para quem está na ativa é melhor que os maiores ganhos venham nos últimos anos da fase de acumulação, quando o patrimônio é maior. Para o aposentado uma queda prolongado pode arruinar seus planos, já pra quem está na ativa significa adquirir mais ativos com menos dinheiro.
E se desse pra direcionar melhor as retiradas, pra evitar sacar quando a RV está no fundo do poço ? E se uma parte ficasse em poupança pra cobrir os gastos diários, deixando a RV intocada para que no longo prazo ela cresça mais ? Daria pra fazer de várias formas mas preferi começar de um jeito bem simples. Quem quiser pode pegar a planilha e tentar melhorá-la, eu apoio !
Espero que tenha se divertido com esse post. Faça suas simulações e deixe suas sugestões e impressões nos comentários.